quarta-feira, 18 de novembro de 2009

chuva, donatela e emílio moura

ontem à noite choveu.
fiquei na janela da sala, olhando para o reflexo da chuva no poste de luz de mercúrio.
então, choveu uma chuva alaranjada para mim.
e o vento soprou dentro de casa, quebrando em mim primeiro, e levando para dentro folhas secas da rua.
hoje está mais fresco, tem até uma leve brisa.
esse tempo é bom para, ao final da tarde, fazer uma caminhada, botar a prosa em dia, levar o cachorrinho para passear.
essa aí é a nossa, donatela. já se tornou municipalmente conhecida, é maria gasolina, rueira, foi mãe precoce e é mesmo uma vira-lata resistente, obediente e carinhosa. não é difícil adivinhar qual das duas cadelas é a donatela, né?


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alguém conhece o emílio moura? um dos representantes mais importantes da poesia modernista brasileira. dorense. este aí é ele - caricaturado - e esta é a casa onde ele nasceu, graças a deus ainda preservada. fica na rua coronel alexandre.


na internet tem muita coisa sobre ele, e ainda um livro lançado recentemente pela editora ufmg, "itinerário poético".
esse poema de emílio moura é a cara de dores, e tem tantos e tantos maravilhosos:

misticismo

o céu lindo da vila pobre! e a igreja pequenina, que se espicha toda na torre, com vontade de ver o céu.
e o céu tão alto, e o céu tão alto!

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